Laboratório de Matemática no museu: usos e perspectivas
Sinopse
O presente livro tem como objetivo observar o efeito do material didático no desenvolvimento de ideias matemáticas trabalhadas na forma de experimentos, num Museu Vivo de Ciência e Tecnologia. Fundamentamos este trabalho em pesquisas de ALMEIDA (1997), PEREIRA (2007) e FALCÃO (2009), que falam sobre o uso dos museus como ambientes que podem propiciar a aprendizagem e também nos fundamentamos em NACARATO (2005), LORENZATO (2006), AGUIAR (1999), TURRIONI (2004), FIORENTINI E MIORIM (1990), dentre outros que exploram o uso de material didático e do laboratório de ensino de matemática em sala de aula. O trabalho foi desenvolvido na modalidade de pesquisa qualitativa. O trabalho de campo foi realizado no laboratório de matemática em um museu público do Estado da Paraíba, onde trabalhamos com atividades experimentais de matemática e observamos turmas do 6º e 9º ano do ensino fundamental, de várias escolas municipais. Ao pesquisar as concepções de vários autores sobre o tema, identificamos algumas limitações de ordem direta quanto ao uso do material didático, de que não podemos usá-lo em todas as aulas ou conteúdos, e de ordem indireta, como a exigência de um tempo maior de planejamento e elaboração de recursos para a sua utilização em sala de aula. Em relação às possibilidades, destacamos a socialização no trabalho em grupo, de um aluno mais atuante e reflexivo em relação ao ensino-aprendizagem da matemática e uma participação mais ativa na relação professor-aluno. Identificamos que seu uso pode mediar o desenvolvimento de ideias de conteúdos e, ao mesmo tempo, tem também a função de diagnosticar algumas lacunas e dificuldades apresentadas pelo aluno. Ao apresentar situações de ensino nas quais o material didático de manipulação se faz presente, discutiremos como desencadear a formação de ideias matemáticas no educando, tendo o professor como mediador desse processo. Ao observar as diferentes atividades desenvolvidas no museu chegamos à conclusão que é possível ter diferentes concepções de um Laboratório de Ensino de Matemática (LEM) em um museu, e que essas concepções dependem da proposta do projeto que se deseja desenvolver no museu e da formação das pessoas que irão atuar no projeto. Um outro resultado observado foi o envolvimento dos alunos na maioria dos experimentos desenvolvidos e em trabalhos de grupos.
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Referências
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