O TREM PASSOU POR AQUI: DECLÍNIO, PRIVATIZAÇÃO E ABANDONO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA NOVA DE CAMPINA GRANDE-PB (1998-2019)

Autores

Jessica Kaline Oliveira Santos
UFCG
Palavras-chave: Estação Nova, Ferroviários, Esquecimento

Sinopse

A estrada de ferro foi uma das maiores invenções modernas do século XIX, modificando as sensibilidades em relação à noção de tempo e espaço, além de permitir novos hábitos, pensamentos, e contribuir para o desenvolvimento econômico, demográfico e cultural das cidades. A chegada da ferrovia, no ano de 1907, na cidade de Campina Grande possibilitou grandes mudanças, já que os trilhos marcaram o apogeu de um novo período, despertaram o comércio, permitiram o escoamento do algodão para portos do Brasil e do mundo e propiciaram mudanças no tecido urbano. Cinquenta anos após a inauguração da primeira estrada de ferro, uma nova estação foi construída, em oposição à primeira, assim a Estação Nova surgiu em um contexto de investimento crescente no modal rodoviário. Em consequência do crescimento das rodovias, as ferrovias paulatinamente perderam sua pujança, culminando na privatização e no esfacelamento do patrimônio ferroviário brasileiro.  É sobre o cenário da Estação Nova que nos debruçamos com o objetivo de abordar o processo de declínio e abandono causado pela desestatização das linhas férreas, bem como os impactos causados tanto no patrimônio quanto na vida dos trabalhadores dessa estação. Para isso, recorremos a autores como Aranha (2007), Almeida (1978), Stampa (2011) e Berman (2007).  Através do conceito de Prost (1998), pretendemos unir em um só conjunto as discussões envolvendo a esfera social e a cultural, assim como o autor, acreditamos que toda história é indissociavelmente social e cultural. Para pensarmos a história da Estação Nova, utilizamos as memórias de antigos ferroviários e moradores locais, iconografias, relatórios disponibilizados pelo Sindicato dos Ferroviários da Paraíba (SINTEFEP) e reportagens de jornais e blogs. O Complexo Ferroviário da Estação Nova, mesmo em face do seu abandono público, ainda pulsa vida. Longe de ser um cemitério, as ruínas que constituem esse espaço permitem ancorar as memórias de seus atores sociais, memórias de vida, trabalho, resistência, afetividade e sociabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.
Na parte superior da capa está o título do livro. Abaixo estão dispostas fotos antigas da estação de trem em formato de selo. Na parte inferior da capa esta o nome da autora e o logotipo da EDUFCG.

Downloads

Publicado em

12 de março de 2024

Categorias

Licença

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Detalhes sobre essa publicação

ISBN-13 (15)

978-85-8001-280-4